Como saber se o câmbio do carro está com problema?
Sentiu trancos? Teve dificuldade para engatar a marcha? Veja os principais sinais de um câmbio defeituoso Fazer a manutenção do câmbio de um carro exige mão de obra especializada, seja ele automático ou manual. Além disso, alguns modelos podem virar uma grande dor de cabeça por causa da fragilidade, principalmente quando o proprietário não toma os devidos cuidados. Mas como saber se o seu câmbio está com problemas? Saiba-mais taboola Para começar, há diferenças entre os tipos de câmbios que existem por aí. Algumas peças não são propriamente do câmbio, mas são correlacionadas — a exemplo do trambulador para os carros manuais e a mecatrônica para os automáticos. Para cada um, diferentes características surgem quando o componente está avariado. Câmbio manual Veja quais são os principais problemas das caixas manuais Renato Durães Quando um câmbio manual está defeituoso, o motorista pode notar dificuldades no movimento de engate. Se perceber que a movimentação está muito pesada, ou muito frouxa, ou até mesmo se o ângulo de engate está diferente, pode apostar que o problema está no trambulador. Outros casos envolvem desgaste na haste seletora dentro do câmbio. Em caso de problema no trambulador, além dos engates estranhos, pode ser que algumas marchas engrenem e outras não. Nos casos mais severos, o engate se torna praticamente impossível. Já no caso da haste seletora, depois de sentir os engates anormais, as marchas costumam deixar de entrar e duram menos tempo funcionando (ainda que forma deficiente). Se as marchas estiverem arranhando, o motorista pode suspeitar de duas possibilidades: anel sincronizado ou embreagem. É possível conviver com este defeito por um tempo, mas corre-se o risco de afetar a integralidade das engrenagens do câmbio. O quanto antes o problema for resolvido, melhor! Dificuldade para controlar a embreagem pode indicar que o sistema está desgastado, principalmente se o carro demorar mais tempo que o normal para reagir aos movimentos. Outro sintoma comum é, ao pisar fundo no pedal, sentir o giro do motor subir rapidamente sem ganhar velocidade (a famosa "patinada", no vocabulário popular). Initial plugin text Há casos mais extremos, como avarias e perfurações no conjunto do câmbio. Isso ocorre quando o motor está enviando muita força para o componente, em especial quando leva as rodas a destracionarem. Como, nessas situações, costuma haver diferença de aderência entre os pneus, um pode girar em ritmo diferente do outro. Isso força uma parte do câmbio que se chama planetária – que é justamente o que quebra e que pode lançar, em alta velocidade, partes contra as paredes da caixa satélite. Infelizmente, não é possível perceber muitos sinais prévios quando o componente já apresenta folgas e outros tipos de desgaste. Câmbio automático Profissional fazendo o reparo do câmbio Reprodução Transmissões automáticas são mais difíceis e caras de consertar por causa da mecatrônica. Como se não bastasse, existem reparos específicos para cada tipo (conversor de torque, automatizado, CVT, dupla embreagem, etc). Falando dos sintomas de forma geral, para todos os tipos, os câmbios automáticos costumam demorar para engrenar, selecionar, passar e reduzir as marchas. Também é normal sentir trancos nos engates quando algo não está certo. Ruídos estranhos, superaquecimento e a sensação de que o carro está patinando também são indicativos de que a transmissão automática está capengando. Problemas internos podem envolver atuador da embreagem, imãs de garfos, corpo de válvulas, lubrificação, rolamentos, pressão do fluído de câmbio e conversor de torque. Câmbio automatizado de dupla embreagem, como o do Golf GTI, costuma ter manutenção complicada Auto Esporte No caso dos câmbios CVT, pode haver, ainda, trepidação e trancos nas saídas e retomadas, bem como problemas de aderência nos cones por onde passam as correias. Neste último caso, o sintoma é o giro do motor “estilingar” para cima, sem resposta de aceleração instantânea. Para evitar estes problemas, o ideal é verificar se o óleo de câmbio foi trocado de acordo com as especificações. As fabricantes recomendam trocas a cada 30 mil km para óleos minerais e 50 mil km para óleos sintéticos. Se o prazo já passou, os problemas podem começar a aparecer. Vale lembrar que um óleo velho pode comprometer até a pressurização do sistema. Na hora da troca do óleo, procure oficinas especializadas. Um serviço feito de qualquer jeito também pode levar a problemas futuros. Mas lembre-se: a melhor forma de evitar gastos desnecessários com o câmbio é não vacilar na manutenção preventiva. Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital. Mais Lidas

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