Donos de BYD reclamam de falta de peças; marca diz que não há problemas
Com o aumento nas vendas, começam a surgir relatos de clientes que esperaram até três meses para os componentes serem entregues A BYD começou a vender carros no Brasil há cerca de dois anos. Oferecendo produtos eletrificados com preços competitivos e muita tecnologia, conseguiu multiplicar as vendas em 2023 e emplacar mais de 18 mil exemplares. Porém, com a popularização dos veículos, começaram a surgir relatos de problemas de assistência pós-venda — a marca espera multiplicar a rede de concessionárias até o fim do ano. Com a chegada do Dolphin Mini, o número de clientes da BYD também deve aumentar exponencialmente. O objetivo da marca é emplacar até 30 mil unidades do subcompacto até o fim do ano. A produção nacional começa no ano que vem. Saiba-mais taboola Quais são as queixas? Tanto nas redes sociais quanto no Reclame Aqui, há inúmeros relatos de proprietários de BYD se queixando. Nos últimos seis meses, são mais de 850 reclamações, com 84,9% de resolução dos problemas e nota média 8,3/10, considerada boa pela plataforma. A principal queixa é a de atraso na entrega de peças de reposição. Apesar da pouca idade dos carros da marca, e ainda que, em tese, os carros elétricos demandem menor grau de manutenção — pois eles têm muito menos partes móveis — ninguém está imune a acidentes de trânsito. E componentes de carroceria são os que mais têm dado dor de cabeça aos proprietários. Quer receber as principais notícias do setor automotivo pelo seu WhatsApp? Clique aqui e participe do Canal da Autoesporte. BYD Dolphin teve mais de 6 mil unidades emplacadas em 2023 Murilo Góes/Autoesporte Autoesporte recorreu a postagens de donos insatisfeitos nas redes sociais para entender os problemas enfrentados. Também procuramos a BYD, que respondeu sobre cada um dos casos e falou sobre a estrutura do centro de peças de reposição. Confira mais abaixo as respostas da fabricante. Antes de partirmos para os depoimentos, vale destacar que, por coincidência, os três contactados são donos do Dolphin, hatch elétrico lançado há menos de oito meses, no dia 28 de junho do ano passado. O hatch é importado da China e custa R$ 149.800. É também o carro mais vendido da marca, com 6.806 unidades em 2023, mais 1.820 unidades até o fim de janeiro de 2024. BYD Dolphin x GWM Ora 03: qual elétrico chinês de R$ 150 mil é melhor? Teste: BYD Dolphin Mini, o que é ótimo e o que poderia ser melhor Caso 1 Nivaldo Menezes sofreu uma colisão em novembro; peças chegaram mais de 3 meses depois Acervo Pessoal O primeiro caso é o de Nivaldo Menezes, de Fortaleza (CE), que sofreu uma colisão lateral do lado do passageiro em 7 de novembro. O seguro do outro carro foi acionado e vai arcar com os custos. Entretanto, de lá para cá, está sem o seu Dolphin porque as duas portas do lado do passageiro, um aro traseiro e alguns outros componentes não foram entregues. Para piorar, afirma que não está conseguindo retorno da concessionária Carmais. Segundo a marca, as peças chegaram em 21 de fevereiro, ou seja, mais de três meses depois. “No dia 7, o carro foi para a concessionária pois estava com as portas bem amassadas e sem condições de rodar. No dia seguinte (08/11), a responsável pelo pedido das peças me informou que havia feito a encomenda e me disse que o fato de eu fazer o conserto com eles ou com a oficina credenciada pela seguradora do carro que bateu em mim não traria prejuízo algum. Aliás, o orçamento na BYD foi de R$ 32 mil, ao passo que na oficina foi de pouco mais de R$ 20 mil, contemplando as mesmas peças. Mas, enfim, estou cada vez mais preocupado, pois não dão qualquer justificativa ou tipo de suporte. Ultimamente, nem completa a chamada. Na última vez que consegui tirar alguma informação deles, disseram que a peça iria chegar no dia 7 deste mês, mas isso não aconteceu”, afirma. Resposta da BYD "A Central de Relacionamento recebeu o contato do Cliente no dia 19/01 e desde então passamos a monitorar o processo de faturamento até a entrega das peças na concessionária, fato este que ocorreu na data de ontem (21) conforme contato finalizado com o cliente”. Caso 2 Casos de BYD Dolphin batidos Acervo Pessoal A segunda ocorrência aconteceu com João Lima, de Campinas (SP). Ele teve o carro batido em 20 de dezembro de 2023, quando ia buscar sua filha em uma clínica. Curiosamente, quem colidiu era uma funcionária da BYD que saía da concessionária. Na ocasião, a condutora havia alegado que não estava mais em seu expediente, por isso a concessionária negou carro reserva a João, que acabou ficando a pé até 4 de janeiro, quando o seguro da motorista autorizou o reparo. Nessa mesma data (e passados 16 dias do acidente), a autorizada realizou a encomenda das peças e permitiu que Lima levasse seu Dolphin avariado de volta, já que ainda podia rodar com segurança. Entretanto, ainda assim, seguiu impedido de operar por aplicativo do estado do carro. Initial plugin text “Eu me prejudiquei bastante, principalmente por conta da minha filha, que tem necessidades esp
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